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26 de ago. de 2011


     Não sei o que mais hei de dizer ou se há ainda alguma coisa por dizer. Sei apenas que as palavras me parecem sempre "curtas" e parcas de significado para traduzir tudo o que sinto, tanto que sinto. Tantas vezes já falei-te de tão curtas que são as horas, por muito que se prolonguem, e de tanto que as queria ver estendidas num infinito de dias...que mesmo assim seriam sempre insuficientes para o Tudo que existe! 
     Acho que deveria inventar um relógio em que os ponteiros parassem nos momentos em que, indiscutivelmente felizes, juntas estamos e nos oferecemos, e que assim aprisionasse o tempo até à eternidade.
     Já contei-te também este apertado entrelaçar das almas e corpos unidos que sempre nos envolve numa macia abóboda de veludo, e quantas lágrimas o meu coração derrama a cada despedida, mesmo que momentânea.
     Muitas linhas já escrevi sobre esta enormidade de Sentir que nos liga e que nem cabe no universo e o quanto tenho vontade de me agarrar a ti e, como elos ligados de uma mesma cadeia, unidas prosseguirmos esta jornada para Sempre. Já cantei-te a luz brilhante do sol, o reflexo prateado do luar, o tremeluzir irrequieto das estrelas, os aromas e sabores desconhecidos como que vestiste o meu corpo nú de Vida. Sussurrei-te mil segredos, espalhei a minha alma em ti e jamais me canso de te Amar, num desfrutar intenso de cada póro da tua pele, de cada gesto, de cada toque perfeito do teu corpo no meu. 
     Descobriste-me e desvendas-me a todo instante, num nunca acabar de beijos, carinhos e quereres que se querem sempre mais. Já pintei para ti uma tela primaveril onde todas as estações se misturam e empalidecem perante este Renascer inteiro e puro, que me ofertas sempre que me arrepias a pele e me transformas numa quente lareira acesa que te acolhe e alimenta, nesta mistura de mãos e abraços, gemidos e gargalhadas em que nos perdemos, num suave flutuar nas ondas de prazer que nos damos. 
     Já gritei a plenos pulmões o quanto te quero e o insignificante vazio em que a minha vida se tornaria sem ti....Por tudo isto e até que seja inventado um novo dicionário em que constem os sinônimos desta total imensidão, limito-me resumir numa única e simples expressão:
Eu te amo.

Um comentário:

  1. "Acho que deveria inventar um relógio em que os ponteiros parassem nos momentos em que, indiscutivelmente felizes, juntas estamos e nos oferecemos, e que assim aprisionasse o tempo até à eternidade."

    Poesia pura!! amei.

    Aliás... se conseguir criar esse objeto me vende um pra eu usar com o meu amorzinho, tah?

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