Não sei o que mais hei de dizer ou se há ainda alguma coisa por dizer. Sei apenas que as palavras me parecem sempre "curtas" e parcas de significado para traduzir tudo o que sinto, tanto que sinto. Tantas vezes já falei-te de tão curtas que são as horas, por muito que se prolonguem, e de tanto que as queria ver estendidas num infinito de dias...que mesmo assim seriam sempre insuficientes para o Tudo que existe!
Acho que deveria inventar um relógio em que os ponteiros parassem nos momentos em que, indiscutivelmente felizes, juntas estamos e nos oferecemos, e que assim aprisionasse o tempo até à eternidade.
Já contei-te também este apertado entrelaçar das almas e corpos unidos que sempre nos envolve numa macia abóboda de veludo, e quantas lágrimas o meu coração derrama a cada despedida, mesmo que momentânea.